domingo, 29 de agosto de 2010

Futebol made by Disney.

Benfica voltou as vitórias, 3:0 foi o resultado final num jogo que podia facilmente ser adaptado pela Disney.

Sábado, 28-08-2010, esta data poderá ficar para a história como o jogo de Futebol mais parecido a um conto de fadas.

O Benfica, como já é normal, voltou a entrar forte e determinado o que acabaria por fazer a diferença logo ao 4' quando "Nico" Gaitan decidiu tirar um centro com conta peso e medida em direcção da cabeça de Cardozo que sem qualquer opositor por perto fuzilou autenticamente a baliza defendida por Diego, (antigo guarda-redes do Leixões) que nada pôde fazer para evitar a abertura do marcador.
A partir daí o jogo foi se desenrolando naturalmente sem grandes problemas para o Benfica que ia dominando o jogo a seu belo agrado até entrar em cena Maxi Pereira, se o seu nome me faz lembrar coisas da minha infância como o gelado "Super Maxi", ele hoje acrescentou outra coisa, os filmes da Disney que desde pequeno comecei a coleccionar. Digo isso por uma simples razão, foi dos pés dele que saiu o atraso a queima-roupa que acabaria por mudar a história do jogo e torna-la num conto da Disney ou dos irmãos Grimm.
Maxi ou Príncipe Maxi quis mudar tudo e salvar a princesa como um daqueles Cavaleiros ou Príncipes encantados ao provocar aquele alarido todo que acabaria por ditar o penalty a favor do Vitória e a expulsão de Júlio César que tinha entrado para o lugar do malogrado Roberto que desde que foi enfeitiçado pelos 8.5M. sofria de uma sono profundo que só poderia ser salvo com um beijo de um Príncipe encantado, tipo bela adormecida ou branca de neve, um "beijo" precisamente de Maxi.
"Princesa Roberto" era então forçado a entrar em cena, tudo parecia levar a querer que seria aqui o momento do último suspiro, um final já há muito anunciado desde o primeiro jogo da pré-época, ele tinha então ali a sua ultima hipótese de vencer a "bruxa má" (comunicação social), que ansiavam pela sua "morte" e consequentemente o final do "reino", também conhecido como reino da Luz ou reino Benfiquista.
Mas tal não se vinha a suceder, pois Maxi sabia o que estava a fazer, ele ao provocar o penalty tinha dado o "beijo" que acabaria por acordar Roberto, só que ninguém ainda o sabia, só o veríamos a saber minutos depois, quando numa estirada o "semi-acabado" defendeu o remate da marca dos 11 metros, segurando dessa feita a liderança do marcador e salvando-se a ele e talvez todo o reino.

A partir daí o jogo foi se desenrolando naturalmente, os magos, artistas e feiticeiros foram mostrando todos os truques que tinham guardado para um momento especial e não foi de estranhar quando aos 44', já no final da primeira parte, um dos Magos, o principal, "El Mago" Aimar, decidiu assistir o "gigante" Luisão num canto que o mesmo acabaria por finalizar na perfeição com um cabeceamento para os 2:0, resultado que não ia sofrer alterações até ao final do primeiro tempo.

Na segunda parte, o maior feiticeiro de todos, o "Gandalf" da Luz, ou Jorge Jesus, como queiram, decidiu retirar "El Conejo", Saviola e colocou em campo Rúben Amorim, que acabaria por dar outra consistência defensiva a equipa.

Sem grande surpresa o Benfica, que então jogava com menos um, mas que tinha do seu lado a "força do bom" e a "magia vermelha-e-branca", foi circulando a bola, longe da sua baliza protegendo assim o seu elo mais fraco que ainda sofria um pouco do feitiço que lhe tinha sido lançado (o feitiço dos 8.5M).

Aos 57' no segundo momento mais mágico da noite (a seguir a defesa de "Princesa Roberto"), o Benfica acabaria por chegar aos 3:0 numa triangulação, Nico - Coentrão - Nico, finalizada por "Mago" Aimar, num misto de Castelhano e Caxineiro.

A partir daí o destino de todos ficou ditado, e tudo voltou a normalidade pois o Vitória de Setúbal que até então ainda não conhecia o sabor da derrota voltou a perder, e os Gloriosos da Luz voltaram a fazer aquilo que sabem melhor, ganhar e encantar.

Back to reality - Este jogo podia ter nos corrido muito mal caso o Roberto não tivesse tido (por uma vez) a "suerte" de seu lado, defendendo a grande penalidade, naquilo que é conhecido como o pior que podem fazer a um guarda-redes, entrar a frio em campo para defender uma grande penalidade. Se em circunstâncias normais é mau, no caso do Roberto é tipo roleta russa, ou morres ou sobrevives, não há terceira opção, a diferença é que em vez de ter só uma bala, esta pistola tinha 5 balas e 1ª vaga.

Esta vitória clara, como já tinha acontecido na época passada à terceira jornada, pode animicamente impulsionar o Benfica para uma boa temporada que, espero, termine com o prémio de bi-campeão nacional.

Em relação ao Roberto continuo com a mesma opinião, é um bom guarda-redes, não vale 8.5milhões, que precisa de ser protegido, não é por ter defendido um penalty que os seus problemas se resolvem, da mesma maneira que não poderia ser "crucificado" caso não tivesse defendido o penalty. Com isso digo, não acho que o Benfica deva ir ao mercado e "despachar" Roberto, deve sim, pôr a jogar Júlio César, protegendo Roberto de toda a crítica de forma a que ele possa ganhar outra confiança em jogos de menos pressão (Taça de Portugal e Taça da Liga). A não ser que o mesmo na próxima jornada, devido ao impedimento do Júlio César por castigo devido a expulsão de hoje, faça uma exibição d'outro mundo que garanta a vitória do Benfica e que espante todos os "fantasmas" que lhe querem mal. Maxi dá-lhe mais um "beijo" dos teus.

Para finalizar, um ultimo recado, espero que na próxima jornada o Benfica "Hleb" com eles este espírito lutador que tantas alegrias me deu no ano passado. E talvez também um Elias se não for pedir muito.

Pedro Tiago Toreiro

1 comentário:

Simples e Elegante disse...

não percebo nada de futebol mas gostei da brincadeira com o conto de fadas :)

Beijinho